Quem a visse, talvez achasse que nem se mexia: em sua velha cadeira de balanço, ao lado da janela (a que pega o sol), ela ninava o gato sonolento e ronronante. As horas da manhã eram sempre assim: todos indo e vindo, apressados em seus afazeres de fim de semana, como se aquela senhora fosse apenas a ideia que se faz a respeito de qualquer coisa – gente ou instituição – que conta noventa e quatro anos de existência.
Matryoshka
Matryoshka
Matryoshka
Quem a visse, talvez achasse que nem se mexia: em sua velha cadeira de balanço, ao lado da janela (a que pega o sol), ela ninava o gato sonolento e ronronante. As horas da manhã eram sempre assim: todos indo e vindo, apressados em seus afazeres de fim de semana, como se aquela senhora fosse apenas a ideia que se faz a respeito de qualquer coisa – gente ou instituição – que conta noventa e quatro anos de existência.